Quando o Império Romano estava em seu auge, conseguiu produzir pensadores que condensaram toda a Filosofia dos séculos anteriores, desde a era clássica dos gregos. Porém, o que Roma conseguiu e que não seria de se esperar foi um grande filósofo ocupando o cargo máximo do Estado. Marco Aurélio, considerado por muitos o últimos dos bons imperadores romanos, foi um adepto exaltado das ideias do estoicismo. Foi a partir delas que escreveu seu famoso livro Meditações.
Sem ter a intenção de vê-lo publicado, Marco Aurélio escreveu seu livro como uma espécie de diário de ideias. É uma coleção de súmulas morais, nem sempre dispostas numa ordem lógica em relação umas às outras. Incentivam a temperança, a resignação, a boa moral. Ensinam que a vida pode ser satisfatória, se praticarmos a virtude. Praticar o que é eticamente correto é realizar aquilo para o qual nascemos, é cumprir a função da nossa existência. Os infortúnios devem ser tolerados sem queixas, e o destino, agradável ou não, deve ser aceito como o melhor, como a ordem natural das coisas.
As máximas de Marco Aurélio são ensinos do estoicismo, coerentes com a ideia dos antigos de que o Universo seria perfeito, e o destino inevitável. Embora essa corrente tenha gozado de muito prestígio na Antiguidade clássica, acabou perdendo muito de sua força com o advento do cristianismo - embora este, depois de institucionalizado, tenha resgatado dos antigos e de Marco Aurélio o apreço pela resignação e pela prática da virtude.
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