O conto de Júlio e Eleonora - 4
Um conto de amor, castelos e alegoria Leia o capítulo 1 Leia o capítulo 2 Leia o capítulo 3 Decisão Dias se passaram. Júlio estava mudado. Passara a andar sempre cabisbaixo, sempre muito triste. Fazia suas atividades sem empolgação. Não estudava mais por conta própria. Visivelmente, carregava um fardo, ainda que não o confiasse a ninguém. O abade notou a diferença no comportamento do rapaz. Quis intervir. Propôs conversar com o velho Oranius. Júlio dispensou essa alternativa. O abade pensava em falar com o velho mesmo assim. Mas, enfim, a ideia acabou se perdendo. Depois de meditar vários dias, Júlio chegou a uma conclusão. Devia esquecer Eleonora. Era a coisa mais lógica a fazer. A visão noturna do anjo com certeza estava certa quanto a ser impossível a realização do seu querer. O esquecimento, o fim daquele sentimento nocivo, era a consequência natural de se perceber isso. A morte era drástica demais, mesmo naquela situação. Ele sufocaria suas impressões, mataria seu interesse pela