Por que amar romances de cavalaria
Desde adolescente, faço uma ideia bem romântica da figura medieval dos cavaleiros. Mesmo quando eu apenas conhecia os contos de fadas e os filmes de cenário medieval, já achava uma bela visão a que eu tinha na minha mente sobre esses heróis idealizados de um passado idílico. Um pouco depois, ainda na minha adolescência, tive meu primeiro contato significativo com Dom Quixote. É claro que Dom Quixote é uma figura constante no imaginário da nossa civilização, assim como Frankenstein ou a Bela Adormecida. É claro, portanto, que eu já havia deparado com referências ao personagem e à obra de Cervantes em diversos lugares, eruditos ou nem tanto. Mas foi por volta dos meus 15 anos que pela primeira vez tive em mãos o Dom Quixote, com texto integral. E o li com vívido interesse. Foi por cerca dessa época também que vi na escola, nas aulas de Literatura, o conceito de romance de cavalaria. Quando se tratou da literatura produzida em língua portuguesa durante o período medieval, tive