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Mostrando postagens de março, 2022

O conto de Júlio e Eleonora - 6

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  Leia o capítulo 1 Leia o capítulo 2 Leia o capítulo 3 Leia o capítulo 4 Leia o capítulo 5 Era como qualquer corredor comum, exceto pela ausência de janelas, e por que as paredes, o teto e o chão eram visivelmente de terra. Ao longo dele, tochas nas paredes iluminavam o caminho. – Vamos, meu caro – disse o Amor, tomando a mão de Júlio. – É por aqui o caminho. – E tomaram uma das direções. Enquanto andavam, o Amor ia explicando. – Há alguns dias suspeitei que minha irmã tramava algo. Como eu já disse, ela costuma se fazer passar por mim. E ela faz estragos quando consegue isso, meu amigo. Muitas decisões irracionais, bobas, às vezes até trágicas são cometidas por influência dela. Tudo por que ela faz com que muitos pensem que sentem minha presença. E existe uma diferença muito nítida entre ela e eu. Quem não me conhece, porém, facilmente se engana. – Mas você, rapaz – acrescentou olhando diretamente para Júlio durante esta só frase – você foi um desafio para ela. Os que amam de verdade

O conto de Júlio e Eleonora - 5

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  Leia o capítulo 1 Leia o capítulo 2 Leia o capítulo 3 Leia o capítulo 4 Aquele susto foi cem vezes pior do que fora o de ver surgir a mulher angelical em sua cela. E isso precisamente por que nada mais fazia sentido naquele instante. Num sonho nada faz sentido, e é exatamente por isso que qualquer coisa simples pode se tornar aterrorizante num sonho desagradável. Naquele momento, Júlio tinha mais ou menos a sensação de um pesadelo, naquela noite pesada; sentia-se cansado física e mentalmente. O horror da perspectiva do que ele esteve para fazer o deixou extremamente extenuado. Era como estar acordado e consciente no interior do mais horrível dos pesadelos. E de repente, aquilo. O rapaz debruçado sobre Júlio, segurando ambos os seus braços, era belo e imponente, como se fosse um grande senhor. Era visivelmente alguém não humano. Júlio viu-o terrível. A expressão do rapaz era severa, quase irritada, mas, ainda assim, como se qualquer coisa fosse pequena demais para deixá-lo irritado. E